Sandy contou, em entrevista à jornalista Fernanda Gentil no programa
“Mamãe Gentil”, que após a gestação de Theo, seu primeiro filho,
descobriu que estava com diástase. Para o tratamento do problema, a
cantora intensificou os exercícios abdominais. De acordo com Paula
Marcovici, ginecologista e obstetra, o quadro é decorrente do
afastamento dos músculos do abdômen, tem tratamento e pode ser
prevenido.
O que é a diástase?
Caracterizado como o afastamento dos músculos do
abdômen, que são formados por fibras musculares dispostas uma ao lado da
outra, o problema geralmente afeta mulheres que já passaram por mais de
uma gestação. Embora não seja a regra, o quadro é mais comum nestes
casos porque os hormônios da gravidez é que estimulam o relaxamento da
região abdominal para que o feto possa crescer. Por isso, o organismo
que já passou por esse processo várias vezes podem encontrar
dificuldades para voltar ao normal.
Causas
Paula, no entanto, diz que a constituição do
organismo, a prática de atividade física antes da gestação, obesidade ou
desnutrição, aumento da pressão intra-abdominal, má postura, gravidez
de gêmeos e trigêmeos, aumento de líquido amniótico e ganho de peso
repentino também pode estar associado ao problema.
É grave?
Embora não seja grave, o problema pode causar, ainda a
gravidez, dores nas costas, bumbum e pernas e uma sensação de buraco no
meio da barriga. “A diástase começa a se formar durante a gestação, mas
a percepção dela ocorre, normalmente, após o parto”, conta a médica.
Tem tratamento para diástase?
Distanciamento de músculos pode ser combatido desde antes da gestação
De acordo com a ginecologista, o tratamento depende
necessariamente do nível de afastamento dos músculos. “Se a distância
for inferior a 4 cm, exercícios para a região abdominal revertem a
situação em até 3 meses. Já casos mais graves podem requerer
procedimento cirúrgicos para unir os lados”, explica.
Prevenção
Paula chama atenção também para a prevenção, que pode
ser feita com atividades físicas desde antes da gestação. “É essencial
que mulheres sedentárias antes de engravidar ativem a musculatura
paravertebral e abdominal e cuidem da postura”, recomenda.
Pilates, caminhadas, hidroginástica e academia com supervisão são opções para prevenir a diástase.
Além disso, aliado às praticas também é importante controla o peso e
manter uma alimentação equilibrada, com ingestão adequada de proteínas e
carboidratos.
Já no pós-parto a prevenção vem através do uso de
cintas que aceleram a aproximação dos músculos e da prática de
atividades físicas. “Para minimizar o problema o ideal é esperar pelo
menos dois anos para a próxima gestação”, finaliza a médica.